Estamos vivenciando o tempo pascal, no qual celebramos a ressureição do Senhor e a vida nova que Ele nos trouxe com sua entrega na cruz. Como Ele mesmo disse: “Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo.12, 24). Dessa forma, com sua paixão e morte na cruz, Jesus morre, mas com sua ressurreição trouxe a vida e a salvação para todo gênero humano. Por isso, que celebramos grande alegria o tempo pascal com todo significado espiritual que nos traz.
A Páscoa significa libertação. A
Páscoa é uma festa que marca o fim da
opressão escravizadora de Faraó sobre o povo hebreu. A profecia a Abraão
revelava que seus descendentes ficariam sob o domínio de uma terra estranha por
400 anos, mas que depois eles seriam libertados e sairiam com grande riqueza
(Gn 15,13-14). E isto de fato ocorreu, mas não antes que esta festa fosse
celebrada. Porque Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a nossa
obediência precedem a plena libertação, afinal, Israel não estava sendo liberto
apenas de Faraó, mas também de uma mentalidade de opressão. O sangue do
cordeiro foi derramado e aspergido sob os umbrais da casa, o povo de Israel foi
protegido do anjo exterminador. A libertação da páscoa reveste se, portanto, de
um caráter introspectivo, por mostrar a necessidade pessoal de libertação por
meio de uma mudança de pensamentos e ações, que caracterizam a vida nova em
Cristo.
Neste sentido, a Páscoa e o tempo
pascal devem ser celebrados por nós com profunda reverência, afinal, Cristo foi
a nossa Páscoa. Sua vida foi posta como cordeiro que sendo morto derramou seu
sangue em favor de muitos. A nossa libertação plena foi conquistada por Cristo,
a nossa Páscoa. João Batista o chamou de cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo (Jo 1.29). Paulo disse que ele é a nossa páscoa (1Co 5,7), e ele mesmo
prometeu a libertação a todos quantos crerem nele (Jo 8,32-36).
Que o Cristo Ressuscitado seja a
nossa força! Feliz Páscoa!
Padre
Claudemir Ortunho
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